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Aliko Dangote, o homem mais rico de África, planeia investir entre 20 e 50 mil milhões de dólares nos EUA e na Europa até 2025 – em sectores como energias renováveis e produtos petroquímicos.

O magnata nigeriano de 60 anos pretende avançar para os EUA e Europa pela primeira vez em 2020, depois de completar projetos agrícolas ao redor de 5 mil milhões de dólares e uma refinaria de petróleo, de 11 mil milhões de dólares, no seu país de origem – avançou em entrevista à Bloomberg Markets Magazine este mês.

“A partir de 2020, 60% dos nossos investimentos serão aplicados fora de África, para termos equilíbrio.” – Afirmou Dangote, com um património avaliado em 11,6 mil milhões de dólares, de acordo com o Billionaires Index da Bloomberg.

Os maiores investimentos do Dangote Group terão lugar nos EUA e Europa.

“Penso que as energias renováveis são o caminho a seguir e o futuro. Também estamos a considerar a petroquímica mas podemos investir noutras áreas.”

Dangote diversificou a sua atividade nos últimos cinco anos, tanto geograficamente como sectorialmente. Expandiu a Dangote Cement Plc., que representa quase 80% da sua riqueza, para nove países africanos além da Nigéria – e em 2015 começou a construir uma refinaria que produz 650.000 barris por dia (perto de Lagos, principal hub comercial da Nigéria). Entretanto, está a construir gasodutos para a cidade a partir da região petrolífera da Nigéria – juntamente com as empresas norte-americanas de capital privado Carlyle Group Lp e Blackstone Group Lp. Mais: avançou em julho que investirá 4,6 mil milhões de dólares nos próximos três anos em açúcar, arroz e produtos lácteos.

Dangote, que passa a maioria do tempo em Lagos e conta com Bill Gates entre os seus amigos, afirmou ser um industrial apaixonado – e descartou a aposta em novos sectores como telecomunicações ou tecnologia.

“Quando considero as telecomunicações, por exemplo, concluo que seria muito difícil para nós.” – Afirmou “Há jogadores nesse mercado há 17 anos. Não há forma de ultrapassar o trabalho árduo de alguém ao longo de 17 anos. Logo, acho que passamos as telecomunicações. Há outros segmentos que entendemos melhor.”

Também afirmou que não planeia envolver-se na política nigeriana.

“Não estou interessado. Aprecio muito o que faço e também adoro a minha liberdade – e não tenho muita. A pouca que tenho acabaria com a política. Há empresários interessados em política. Não sou um deles.”

Fonte: Bloomberg

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