Um grupo de 40 instituições católicas anunciou esta terça-feira a decisão de anular os seus investimentos – ou bloquear investimentos futuros – em combustíveis fósseis. O Global Catholic Climate Movement considerou-o o maior anúncio coletivo de alienação por parte de instituições católicas.
O grupo inclui instituições de todo o mundo, nomeadamente instituições financeiras como o alemão Bank für Kirche und Caritas e grupos do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Itália. O referido banco alemão, a título de exemplo, conta com um balanço patrimonial de 4,5 mil milhões de euros.
“Como banco da Igreja Católica sentimo-nos fortemente responsáveis pela resposta às alterações climáticas.” – Afirmou Tommy Piemonte, funcionário do banco, em declaração.
Piemonte acrescentou que a “integridade da criação e a proteção do ambiente” são questões com as quais o banco se comprometeu muito antes da encíclica Laudato Si do Papa Francisco em 2015. Na encíclica o Papa descreveu as alterações climáticas como “um problema global com graves implicações”.
O anúncio foi bem recebido por Christiana Figueres, antiga Secretária Executiva da Convenção Quadro da ONU para as Alterações Climáticas, que afirmou: “Espero que vejamos mais líderes [a comprometerem-se] como os destas 40 instituições católicas pois (...) oferecer um melhor futuro a todos é nosso imperativo moral.”