Há algo de novo a acontecer no mundo das criptomoedas.
O mundo de 500 mil milhões de dólares das moedas digitais está a começar a abrir-se às mulheres. Quatro em cada 30 das maiores Oferta Inicial de Moeda (ICO, Initial Coin Offering) este ano (até outubro) contaram com mulheres como cofundadoras. Mais: duas das ICO encontram-se entre as maiores realizadas até agora.
Também se veem mais mulheres como oradoras em conferências relacionadas com as criptomoedas — e a Coinbase, uma das maiores plataformas de câmbio de moedas digitais do mundo, avançou que 46% das suas novas contratações este ano corresponderam a mulheres ou a indivíduos de etnias diversas.
Mesmo que a viabilidade da maioria dos projetos permaneça por ser comprovada, as experiências de mulheres pioneiras indicam que a indústria se está a mover para uma cultura mais inclusiva, expandindo a sua base de talentos à medida que se torna cada vez mais comum — passos que noutras áreas deram impulso à inovação e desempenho financeiro.
“Temos a oportunidade de reconstruir o sistema financeiro.” — Avançou Galia Benartzi, cofundadora da Bancor que reuniu 150 milhões de dólares em junho. “Vamos fazê-lo novamente só com homens?”
Benartzi avançou que a falta de programadoras mulheres não é desculpa para não haver mulheres envolvidas em empresas focadas na tecnologia blockchain. A Bancor tem uma vice-presidente de Engenharia, por exemplo.
“Tanto as mulheres como os homens devem estar extremamente entusiasmados com isto. (…) Mesmo que não se consiga criar diversidade 50-50 nas equipas de programação, ter mulheres em posições de liderança é absolutamente fazível e essencial.”