A mineração de Bitcoin é tão lucrativa na China que o preço da criptomoeda pode cair para metade que os mineiros continuarão a lucrar, de acordo com relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF)
Mesmo com a mais elevada tarifa de eletricidade regulada do país os mineiros conseguem lucrar com a Bitcoin (Bitcoin) desde que a criptomoeda valha mais de 6.925 dólares, de acordo com o avançado por analistas da BNEF em relatório esta quarta-feira. Os mineiros recebem recompensas denominadas em bitcoins pela realização de cálculos complexos necessários para confirmar transações com a criptomoeda.
“A mineração de Bitcoin ao atual preço é provavelmente rentável sob qualquer regime de preço de eletricidade na China.”, escreveu Sophie Lu, uma das analistas da BNEF.
O aumento de preço da Bitcoin na ordem de 1.400% no ano passado conduziu a maior procura por eletricidade — para utilização de equipamento informático para a mineração da criptomoeda. Cerca de três-quartos desse tipo de equipamento encontram-se na China, o maior consumidor de eletricidade do mundo — que procura agora desencorajar a prática da mineração dado o aumento da utilização de energia em várias províncias.
O consumo de energia por parte das criptomoedas está a enfrentar maior escrutínio, particularmente na China — preocupada com a possibilidade dos mineiros estarem a tirar vantagem de eletricidade a baixo preço. A indústria, a nível global, está a utilizar atualmente tanta energia como 3,4 milhões de famílias norte-americanas, de acordo com o Bitcoin Energy Consumption Index da Digiconomist.
A China diz estar a planear limitar o uso de energia por parte de mineiros — que começam a procurar outros locais para a sua atividade.