A tecnologia por detrás da Bitcoin está apenas a meio da sua evolução
O entusiasmo em torno da Bitcoin e da blockchain, a tecnologia subjacente, é real. No entanto, a blockchain ainda se encontra a meio caminho da maturidade total.
A blockchain, um livro-razão descentralizado, é melhor conhecida como a tecnologia por detrás da Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo. Porém, a sua potencial utilização não reside apenas no mundo das criptomoedas ou serviços financeiros, de acordo com um amplo relatório do Credit Suisse, banco baseado na Suíça.
De acordo com o relatório, uma pesquisa realizada pelo Fórum Económico Mundial concluiu que se antecipa que 10% do PIB global “se encontrará armazenado na blockchain antes de 2025”. O Credit Suisse estima que a tecnologia alcance maturidade total nesse ano, 2025. De momento, a tecnologia encontra-se entre a fase protótipo e piloto.
Segue-se um gráfico que ilustra a linha de tempo ao redor do desenvolvimento da blockchain:
O ano de 2017 viu muitas parcerias concretizarem-se em torno da tecnologia. Ao nível dos serviços financeiros, por exemplo, foram vários os bancos a lançar empreendimentos colaborativos para testar a mesma. Em dezembro, por exemplo, o UBS anunciou um projeto piloto com vários outros bancos — que irá ajudá-los a prepararem-se para a Markets in Financial Instruments Directive (MiFID) II, regulamentação europeia abrangente.
Porém, como avançado, os serviços financeiros não são a única indústria a beneficiar da blockchain.
“Vimos empresas a começar a implantar soluções baseadas na blockchain em 2017” nomeadamente ao nível de produtos de consumo e fabrico, de acordo com o Credit Suisse.
Quanto a 2018 o banco avançou que será um ano crítico.
O banco afirma que entrarão em produção soluções blockchain para novas áreas assim que a sua utilização óbvia, imediata, na área dos pagamentos e do mundo financeiro se encontre abordada. De acordo com a instituição financeira:
“Os observadores do mercado podem esperar que 2018 seja um ano em que ‘certos produtos se tornam virais’ e ‘surjam novos fornecedores/modelos’”.