Os brasileiros descobriram as criptomoedas. De acordo com o avançado hoje pela Forbes, abrem-se mais contas de negociação de criptomoedas que contas tradicionais de corretagem nos dias de hoje no Brasil — destacando-se que se movimentou o equivalente a 2,4 mil milhões de dólares ao redor da Bitcoin (Bitcoin: BITCOIN), no país, no ano passado face a 160 milhões de dólares em 2015.
E temos mais números: a Foxbit, uma das maiores plataformas de câmbio de criptomoedas do país, contava com cerca de 100 mil utilizadores registados há um ano. Hoje, tem cerca de 400 mil utilizadores, de estimados 1,4 milhões de indivíduos que abriram conta com a mesma ou com uma das suas três principais concorrentes a nível local em menos de dois anos. E estão também a crescer as plataformas de câmbio locais.
O mercado está a crescer depressa no país e especialistas estimam que se possa tornar a referência na América Latina, tanto em termos de desenvolvimento como de ação regulatória. A sua Comissão de Valores Mobiliários (CVM) conta com um grupo de trabalho focado no sector e os entusiastas esperam que venha a seguir o exemplo do Japão, crypto-friendly, ou dos Estados Unidos.
Trata-se de um ecossistema em expansão e não apenas dependente do câmbio direto de criptomoedas ou da crescente assunção generalizada da sua existência. Empreendedores experientes começam a construir pequenos impérios relacionados e empresas e sector público desenvolvem soluções baseadas na blockchain — salientando-se, por exemplo, o desenvolvimento de plataforma baseada na blockchain por parte do Banco do Brasil.
«É fácil perceber porque há tantas pessoas interessadas [nas criptomoedas]. Trata-se de população com baixo rendimento […] [que] ouviu falar de como esta coisa chamada Bitcoin está a enriquecer as pessoas. O mercado das criptomoedas está a apresentar uma classe inteira de indivíduos [à área do] investimento.» — Fernando Furlan, dirigente da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain.