A Microsoft anunciou recentemente um plano ambicioso: a recolha de royalties para autores, programadores e outros criadores com recurso à tecnologia blockchain, capaz de criar um sistema de registo à prova de adulteração. O projeto visa simplificar o atual processo de rastreamento e recolha de pagamentos por direitos autorais, que depende de uma série de intermediários e que, de acordo críticos, defrauda os criadores.
A Microsoft (NASDAQ: MSFT) avançou que irá começar a implantar a ferramenta baseada na blockchain no seu vasto sistema de jogos online, trabalhando com parceiros como a gigante de videojogos Ubisoft para a implementação. A empresa afirma que considera a tecnologia, que desenhou com a empresa de consultoria Ernst & Young, apropriada para qualquer indústria. Lê-se no comunicado avançado por ambas as empresas:
«A EY e a Microsoft desenharam esta solução para servir qualquer indústria em que se licencie propriedade intelectual e/ou ativos a outras partes e em que criadores recebam royalties […].»
As empresas preveem ser capazes de processar milhões de transações por dia quando o projeto se encontrar em vigor — substituindo o atual processo de distribuição de royalties, que leva até 45 dias, por um sistema com pagamentos diários. O mesmo, que se baseará em tecnologia (blockchain) conhecida como Quorum, também foi desenhado para proteger acordos comerciais confidenciais.
Trata-se de mais um exemplo das inúmeras formas pelas quais a tecnologia blockchain pode ser utilizada para tornar a sociedade mais eficiente.