A Bitcoin não surge como novo tipo de dinheiro nem as criptomoedas como nova classe de ativos — foi o avançado pelo UBS em nota enviada aos seus clientes na semana passada.
A maior criptomoeda do mundo é “atualmente muito instável e limitada para se tornar um meio de pagamento viável para transações globais ou para surgir como classe de ativos convencional.” — Afirmou Jony Teves, estratega do UBS, na nota enviada. “Devido à ausência de estabilidade de preço, a Bitcoin fica aquém de critérios que devem ser satisfeitos para ser considerada dinheiro.” — Acrescentou.
Além disso, a mais popular criptomoeda do mundo é prejudicada pela influência que especuladores exercem sobre o seu preço — a análise do UBS sugere que tanto como 70% da ação de preço da Bitcoin é movida por “procura especulativa” — e ainda não é frequentemente usada como meio de pagamento de forma comum (para pagamento de bens ou serviços), o que inviabiliza o seu estatuto de moeda.
Porém, apesar de se mostrar pessimista quanto ao estado atual da Bitcoin, Teves não a descarta completamente. “É possível que seja só uma questão de tempo até a Bitcoin (ou alguma forma da mesma) ser adotada em maior escala,” — Escreveu. Insiste, contudo, que a maior criptomoeda do mundo deverá superar questões relacionadas com regulamentação e escalabilidade para que tal aconteça.
Destaca-se que a Bitcoin (Bitcoin: BITCOIN) saltou mais de 1000% em relação ao dólar norte-americano em 2017 — para atingir um pico de quase 20 000 dólares em dezembro passado. Em comparação hoje encontra-se a ser negociada abaixo de 7000 dólares (às 13h30 de Lisboa, segundo o Coinmarketcap) e as estimativas quanto ao seu preço futuro variam amplamente entre otimistas e pessimistas.