Os relatos que vaticinam a decadência do mercado de criptomoedas são muito exagerados.
É a opinião dos analistas da Stanford C. Bernstein & Co, que dizem que a receita gerada pelas plataformas de câmbio de criptomoedas poderá mais que duplicar para tanto como 4 mil milhões de dólares este ano — mesmo no meio de colapso dos preços das criptomoedas. A sua visão é avançada no relatório «Crypto Trading — The Next Big Thing is Here?»
A compra e venda de criptomoedas, incluindo de Bitcoin, gerou um total de 1,8 mil milhões de dólares em comissões para as maiores plataformas de câmbio de criptomoedas no ano passado, ou cerca de 8% da receita observada em plataformas de câmbio tradicionais, segundo os analistas. A estimativa baseia-se apenas nas comissões de transação.
E a situação poderá melhorar.
«À medida que a classe das criptomoedas se anima e que a procura institucional aumenta, verifica-se uma infinidade de oportunidades para as empresas tradicionais,» — Escreveram os analistas, referindo-se a serviços de custódia, de gestão de ativos e de criação de mercado.
Apesar de algumas gigantes de Wall Street, como a Goldman Sachs e a JPMorgan Chase, terem apostado na indústria nascente, o sector financeiro tradicional tem avançado com cautela no meio de incerteza regulatória e preços voláteis. Recorda-se que a Bitcoin caiu 67% desde o seu pico em dezembro passado — com o aumento do escrutínio regulatório.
Devido a toda essa cautela a Coinbase — plataforma sediada nos EUA e apoiada por bancos tradicionais, plataformas e capital de risco — poderá continuar com «posição competitiva inatacável», a menos que Wall Street se envolva mais. A Bernstein estima que a Coinbase desfrute de cerca de 50% da receita gerada por transações.