A gigante KPMG avançou recentemente que as criptomoedas como a Bitcoin ainda não são verdadeiramente «moedas». Porém, declarou que «está a surgir um novo mundo financeiro no qual a transação de cripto-ativos poderá tornar-se um procedimento padrão.» Para chegar a este novo mundo a empresa acredita ser necessária a institucionalização da classe de ativos para «a criação de confiança, a construção de escala, o aumento da acessibilidade e o impulsionar do crescimento.»
O paper «Institutionalization of Cryptocurrencies» produzido pela KPMG abrange os desafios encarados pela indústria das criptomoedas à medida que procura adoção por parte das maiores instituições financeiras do mundo. O mesmo define institucionalização como a participação em escala de bancos, corretoras, plataformas de câmbio, fornecedoras de serviços de pagamento, empresas de fintech e outras entidades do ecossistema dos serviços financeiros no mercado de criptomoedas.
Para que as criptomoedas «se tornem realmente moedas» a KPMG acredita que será necessário o cumprimento de três critérios: que sejam usadas como unidade de conta, como reserva de valor e como unidade de troca. Embora algumas criptomoedas já atendam o requisito de «unidade de conta», a KPMG avança que se tratam de ativos demasiado instáveis (pela natureza especulativa) para serem considerados «reserva de valor» — dependendo de tal para se tornarem «unidade de câmbio».
«Enquanto uma criptomoeda não cumprir estes três critérios não poderá ser considerada moeda como um todo.» — Constance Hunter, economista chefe da KPMG.